Cearense de Pindamonhagaba
Ciro Ferreira Gomes nasceu em 1957 em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Porém, iniciou sua carreira política no Ceará, em 1982, como deputado estadual pelo Partido Democrático Social (PDS), sucessor da Arena, simpatizante do regime militar. Em 1983 ingressou no Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), opositor à ditadura. Eleito governador do Ceará em 1990 pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), deixou o cargo em 1994 para ocupar Ministério da Fazenda durante o mandato de Itamar Franco.
Em 1997 entrou no Partido Popular Socialista (PPS), mas, por desentendimentos internos, se associou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 2005. Oito anos depois, após discordar da decisão de apoiar a candidatura de Eduardo Campos à presidência, abandonou o PSB. Entrou no Partido Republicano da Ordem Social (Pros) em 2013, até mudar-se para o Partido Democrático Trabalhista (PDT) em 2015, seu atual partido. Ciro já disputou duas eleições presidenciais, em 1998 e 2002.
PLANO DE GOVERNO
Ciro Gomes apresenta em seu programa de governo diretrizes que considera fundamentais para o desenvolvimento do País. Ele diz que um dos principais objetivos em seu programa é gerar empregos para milhões de brasileiros. Buscar o crescimento econômico é necessário para aumentar os investimentos que ampliarão a capacidade produtiva, possibilitando o aumento de trabalhadores nas empresas.
O candidato defende as reformas fiscal, tributária e previdenciária e também a redução das despesas com juros. Pretende recuperar e modernizar a infraestrutura, melhorar a qualidade de vida da população e aumentar a competitividade do Brasil.
Investir na educação e na saúde será uma das principais prioridades de seu governo. Ele planeja aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS) e defende uma política de ciência, tecnologia e inovação para auxiliar setores estratégicos de desenvolvimento. Pretende aumentar a presença do governo federal na segurança, criar políticas de proteção aos animais, manter os programas sociais, estimular a cultura e a igualdade social, combater a corrupção e estatizar os campos de petróleo cedidos às empresas estrangeiras.
/ Por Samantha Rannya
Professor em meio ao poder
De ascendência libanesa, Fernando Haddad nasceu em São Paulo, em 25 de janeiro de 1963. Iniciou a carreira na política aos 20 anos de idade, quando filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT). Haddad é formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), onde, posteriormente, lecionou Teoria Política Contemporânea. Além disso, possui mestrado em Economia, doutorado em Filosofia e já publicou cinco livros.
Foi subsecretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de São Paulo na administração de Marta Suplicy. Integrou o Ministério do Planejamento no governo Lula durante a gestão de Guido Mantega (2003-2004). Em 2005, Haddad assumiu o Ministério da Educação, onde ficou até 2012. Tornou-se prefeito de São Paulo em 2013 e esteve no cargo até 2016. Tentou a reeleição, mas não passou do primeiro turno.
PLANO DE GOVERNO
Igualdade, povo e desenvolvimento são as palavras-chave do plano de governo do candidato à presidência Fernando Haddad. Suas ideias estão baseadas na integração do Brasil para o progresso nacional e no âmbito internacional. Desta forma, ele defende a soberania popular, prometendo reformas na democracia, política e sistema de justiça.
Quanto ao quesito igualdade, Haddad busca promover os direitos das minorias, com foco na igualde de gênero, respeito à comunidade LGBTI+ e cuidados às crianças, idosos e deficientes. Promete também melhorias na saúde e educação visando a superação da pobreza, assim como do índice de criminalidade.
Investimentos nas pesquisas científicas brasileiras, assim como o incentivo ao empreendedorismo, são metas junto com a diminuição do número de desempregados no país. O desenvolvimento deve ocorrer de forma sustentável, segundo Haddad, que promete uma Reforma Fiscal Verde, novas políticas de financiamento e avanços na área de transporte, mineração e energia elétrica.
Além da relação natureza-desenvolvimento, há foco também na questão social do meio ambiente e desenvolvimento. Ou seja, a adaptação e o cuidado para que a ocupação humana ocorra de forma harmônica. Para alcançar tal objetivo, Haddad planeja a regulação do desenvolvimento humano e do direito a moradia, controle da poluição, melhorias no que se refere à mobilidade urbana e a garantia do saneamento básico a todos.
/ Por Bruna Teixeira
Da medicina à política
Natural de Pindamonhangaba, Geraldo Alckmin começou a vida política em sua cidade natal, sendo eleito vereador em 1973, com apenas 21 anos de idade. Seguiu na política elegendo-se como prefeito dessa mesma cidade paulista, depois deputado estadual, deputado federal e governador do estado de São Paulo por três vezes. O seu último mandato como governador foi encerrado em abril de 2018, para que Alckmin pudesse concorrer à Presidência da República.
Formou-se médico na Universidade de Taubaté, com especialização em anestesiologia. E foi nesse período, como estudante de medicina, que Alckmin começou a se envolver na política, filiando-se com 19 anos ao antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Anos mais tarde, ajudaria a formar o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ao qual é filiado até hoje.
Fora da vida política, Geraldo Alckmin é marido e pai. Casou-se em 1979 com sua atual esposa, Lu Alckmin, com quem teve três filhos: Sophia, Geraldo e Thomaz.
PLANO DE GOVERNO
Geraldo Alckmin defende uma profunda transformação no país por meio do combate à corrupção e do trabalho em tornar o Estado eficiente, oferecedor de um serviço público de qualidade. Ainda expressa sua intenção de fazer do Brasil um país mais justo, promovendo igualdade de oportunidades por meio de ensino público de qualidade e de programas sociais que assegurem vida digna aos brasileiros mais vulneráveis.
Entre suas propostas, estão a reforma política e o voto distrital misto, buscando diminuir o número de partidos políticos e reaproximar o eleitor de seu representante. Propõe ainda uma reforma do Estado, na qual se buscaria diminuir o número de ministérios e cargos públicos, dar mais autonomia a estados e municípios, privatizar empresas estatais e criar uma Guarda Nacional com atuação em todo o país.
Na área educacional, Geraldo Alckmin pretende, por meio de investimentos na educação básica, alcançar a meta de crescimento em oito anos de 50 pontos no Pisa – um exame internacional de avaliação do ensino médio.
Na economia, propõe realizar a reforma no sistema tributário, tornando-o mais simples. Promete eliminar o déficit orçamentário em dois anos. A reforma da previdência também figura entre as propostas do candidato, que pretende criar um sistema único de aposentadoria. Ainda na área econômica, apresenta propostas de abertura do mercado ao capital externo para aumentar a competitividade do país e a transformação do Plano Safra em um plano plurianual, para dar mais segurança ao setor agrícola.
/ Por Clara Matheus
Em nome da moral
Candidato à Presidência da República, Jair Messias Bolsonaro (PSL), 63 anos, é capitão da reserva do Exército e deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. Bolsonaro ingressou na política em 1989 após ser eleito vereador da capital fluminense. Em 1991, assumiu o primeiro mandato na Câmara dos Deputados, reelegendo-se ininterruptamente desde então.
Nos quase 30 anos de vida pública, o candidato defendeu posições políticas associadas às ideologias de direita. Temas como o resgate dos valores cristãos, redução da maioridade penal e armamento da população civil, por exemplo, são comumente levantados por ele em seus discursos.
Em suas atividades parlamentares, Bolsonaro integrou inúmeras comissões na Câmara, como a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. No total, ele propôs 642 projetos legislativos à casa, dos quais quatro foram transformados em norma jurídica.
PLANO DE GOVERNO
O plano de governo de Jair Bolsonaro possui uma linguagem de fácil entendimento para os eleitores. Em contrapartida, as 81 páginas que compõem o projeto apresentam ideias superficiais, sem detalhar ações concretas para solucionar os problemas que aponta.
No documento, o presidenciável afirma que a educação e a saúde no Brasil estão “à beira de um colapso”. Para ele, uma maneira de sanar as questões da saúde seria a criação do programa Médicos de Estado, em que os profissionais envolvidos atenderiam moradores de regiões carentes e remotas. Já para a educação, Bolsonaro propõe um maior investimento em inovação, ciência e tecnologia como forma de melhorar os indicadores do país no setor.
Em linhas gerais, o texto replica o discurso comumente defendido por Bolsonaro em suas aparições na mídia ou postagens em páginas da internet. O plano reitera que o candidato assumirá uma postura econômica liberal, com foco na criação de empregos, redução de tributos e diminuição da taxa de inflação. Na área da segurança, a promessa de Bolsonaro é aplicar uma política de “tolerância zero” contra o crime. Bolsonaro também reforça seu compromisso com o combate à corrupção e aos privilégios.
/ Por Emmeline Portela
Força acreana
Maria Osmarina Silva Vaz de Lima, ou Marina Silva, nasceu em 1958 na comunidade de Breu Velho, a mais de 50 km de Rio Branco, Acre. Marina foi alfabetizada aos 16 anos e cursou História pela Universidade Federal do Acre.
Marina Silva elegeu-se vereadora de Rio Branco, deputada estadual e duas vezes senadora no seu estado de origem, pelo PT. Em 2003 foi ministra do Meio Ambiente, cargo que exerceu até 2008. No ano de 2010, já pelo Partido Verde, concorreu pela primeira vez como candidata à Presidência e conquistou o terceiro lugar.
Nas eleições seguintes, participou como candidata a vice-presidente em chapa com Eduardo Campos, do PSB. Em agosto, Eduardo morreu em um acidente aéreo. Ela assumiu a candidatura e recebeu 21,32% dos votos, mas permaneceu em terceiro lugar. Em 2015 criou a Rede, partido pelo qual candidata a presidente da República.
PLANO DE GOVERNO
No programa de Marina Silva, a reforma política ampliará a transparência na aplicação de recursos a fim de diminuir a corrupção, com fim da reeleição em cargos executivos, revisão de financiamento de campanhas e obras e a aplicação do sistema distrital misto.
Na economia, os pressupostos básicos são o superávit primário, o regime de metas para inflação e o câmbio flutuante. A reforma da Previdência é incontornável, eliminará os privilégios e promoverá um sistema misto de contribuição e capitalização. O programa prevê uma reforma tributária para reduzir a complexidade e a insegurança jurídicas, com a implantação do Imposto sobre Bens e Serviços.
Na segurança pública, o compromisso central é com a redução de crimes violentos, em especial os homicídios, e o combate ao crime organizado. Implementará o Sistema Único de Segurança Pública, trabalhando no combate ao tráfico de drogas e pessoas e o controle de armas.
Quanto à educação, o governo promoverá o Plano Nacional de Educação, para reduzir o analfabetismo e a evasão escolar, investindo em infraestrutura e educação integral. A educação formal terá como objetivo o desenvolvimento completo e as relações entre o indivíduo, a universidade e o mercado de trabalho.
Para a saúde pública, reformulará a gestão do SUS, ampliando a oferta de equipamentos adequados e medicamentos.
/ Por Jônatas Moreira