No Iesb da 909 Norte, as seções 119 e 120 apresentam uma fila de espera. O tempo aproximado é de 30 minutos, demora atribuída à quantidade de idosos e mulheres com crianças de colo que se apresentam no local. Apesar do calor e dos corredores estreitos, a maioria dos eleitores estão pacientes e aguardam a sua vez distraindo-se com o celular, mandando mensagens ou jogando.
Eliza Borges, de 17 anos, é estudante do Ensino Médio, e conversa com o pai, que votará na mesma seção. "Será que deu problema nas urnas?", ela pergunta, esticando o pescoço em busca da resposta. Ao voltar sua atenção à fila, ela conta que faz questão de votar: "Apesar de não ser obrigada, quero fazer parte deste momento tão importante e decisivo". A jovem usará o E-título. Para ela, é muito mais fácil, já que "vive no celular". Ela está ansiosa para chegar à urna, e indaga: "Por que esta fila está tão lenta?". O pai, Fausto Borges, advogado de 53 anos, sai da fila e pergunta ao fiscal o porquê da longa espera. Ele retorna e explica: "Estão alternando entre a preferencial e a normal".
Entre os idosos que aguardam a sua vez está Edimar de Oliveira, de 76 anos. Ele reclama do calor e murmura acerca do tempo de espera: "Era para tudo ser mais rápido depois desse cadastramento biométrico, mas parece que ficou ainda mais lento". Edimar está votando porque gosta, mas também quer um Brasil "que tenha esperança de futuro." Para ele, é fundamental que nós, brasileiros, exerçamos os nossos direitos e tenhamos expectativas de melhorias para o país, pois, se o cidadão não muda de atitude e elege candidatos honestos, nada irá mudar.