Estudantes da Universidade de Brasília, sem balbúrdias e afins, se reúnem constantemente para praticar outros idiomas. Diversos projetos e grupos são desenvolvidos no ambiente universitário.
Entre eles, encontra-se o Bio Talk, projeto do PET-Bio, que tem por finalidade promover conversações na língua inglesa de forma gratuita e aberta a todos. Segundo as organizadoras, a prática está sempre ligada a temas científicos da Biologia. O último encontro, realizado no dia 3 de maio, teve como o tema “Time Changes”, em português: mudanças no tempo.
Vitória Monteiro, formada em engenharia agronômica e mestranda na área de Fitopatologia na Universidade de Brasília, participou do Bio Talk e acredita que o inglês não é mais considerado um diferencial, é algo básico. “A maior parte dos artigos que lemos é em inglês, por isso existe a necessidade de aprender cada vez mais a língua”, contou ao Campus.
Já o projeto “Trocando as línguas”, com a professora Janaína Soares do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, busca uma troca, um intercâmbio entre as línguas. Segundo a docente, o projeto está firme com alunos de formação em línguas estrangeiras para crianças, mas tem interesse em expandir a iniciativa. “Meu desejo é realmente que seja uma iniciativa movida pelos alunos ou que se dê continuidade com eles”, relata.
Os encontros têm a duração estimada de cinquenta minutos e já contou com a participação de alunos de outros países. “Realizamos também encontros virtuais e até já tivemos trocas de cartas com alunos de Chicago. Além de conversação com estudantes de Toronto, no Canadá e Granada e Salamanca, na Espanha”.
Existe também um projeto interdisciplinar para o acolhimento e inserção de imigrantes e refugiados. “Ensinamos o português para que eles consigam se comunicar no dia a dia (...) para que consigam vencer as barreiras linguísticas diariamente”, conta Pedro Morais, estudante de PBSL que deu aulas no projeto.
Criado em 2012, Núcleo de Ensino e Pesquisa em Português para Estrangeiros (NEEPE) oferece isenção de taxa de cursos para alunos que sejam professores e/ou pesquisadores vinculados à UnB.
O núcleo pede que, no ato da matrícula, o interessado leve comprovante de vínculo com a Universidade. Vale lembrar que para estudar no NEPPE é preciso ter idade mínima de 18 anos e um visto de estudante ou Registro Nacional de Estrangeiro (RNE).