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Dia Internacional do Museu: conheça os museus da UnB
A Universidade conta com mais de 2.700 obras nos acervos de seus museus

Em comemoração ao Dia Internacional do Museu, 18 de maio, o Campus visitou e trouxe a história de três museus da Universidade de Brasília (UnB).

Museu da Anatomia Humana

Há meio século, em uma Brasília recém construída, os então professores de ciências do ensino público da cidade procuraram a UnB para sugerir a criação de um espaço em que eles pudessem ter uma amostra de peças da anatomia humana para melhorar a didática de ensino. Foi a partir dessa ideia que, em 1962, nasceu o Museu de Anatomia Humana.

Atualmente, o museu fica no segundo andar da Faculdade de Medicina e conta com três exposições fixas e uma, temporária. O acervo é de mais de 500 peças, entre ossos, peças anatômicas, objetos, documentos e fotografias. Apenas de corpos infantis (de fetos a crianças), são 150 peças. A maioria das peças anatômicas são doadas pela comunidade à Instituição.

O museu recebe em média 100 mil pessoas por mês, sendo a maioria alunos de escolas públicas do Distrito Federal. Para auxiliar nas visitas guiadas, o museu conta com o apoio de alunos da área de saúde. Os guias são extensionistas que trabalham voluntariamente, recebendo quatro créditos por semestre. A estudante de Farmácia, Rebekah Alves, relata que a melhor parte desse trabalho é repassar o conhecimento que ela tem para a comunidade e, consequentemente, aprender mais com isso.

Museu de Geociências

Quem entra no Museu de Geociências - MGeo não consegue passar por lá rapidamente. É tanto para ver e descobrir que o visitante até se perde no tempo. O MGeo é repleto de conteúdo, geológico e histórico.

O museu nasceu quase que em conjunto com o próprio Instituto de Geociências da UnB, em 1965. Localizado no ICC Centro, o local, por mais que esteja vinculado à unidade acadêmica, tem como público-alvo a comunidade. Centenas de visitantes passam por lá semanalmente, sendo, a maioria, estudantes dos ensinos fundamental e médio.

A primeira peça do MGeo foi o meteorito, encontrado em 1971. Atualmente, mais de cinco mil minerais, rochas, fósseis e meteoritos são expostos para a visitação. Todas as amostras foram doadas pela comunidade ou encontradas pelos próprios estudantes e professores de Geologia durante saídas de campo.

Casa da Cultura da América Latina

Em 1987, o I Festival Latino-Americano de Arte e Cultura (FLAAC) reuniu artistas internacionais na capital e despertou na comunidade acadêmica uma necessidade de valorização à nossa cultura. Assim foi criada a Casa da Cultura da América Latina - CAL, pelo então reitor da UnB, Cristovam Buarque, com o objetivo de promover esse evento regularmente.

“Há 30 anos a Casa passou a ser um espaço de preservação dos acervos culturais da universidade”, relata Raniel Fernandes, museólogo responsável pelo acervo. A CAL possui gravuras de Tarsila do Amaral e Oscar Niemeyer.

Atualmente, são cerca de 2200 obras, sendo duas coleções-base, uma de artes plásticas e outra com objetos etnográficos do Brasil e de outros países latino-americanos. A maior parte das obras foi doada por artistas, embaixadas e famílias. A CAL é ligada ao Decanato de Extensão e localizada na Quadra 4 do Setor Comercial Sul para um maior contato com a comunidade, e não apenas com o meio acadêmico.