No segundo turno das eleições deste ano alguns eleitores no Distrito Federal tiveram problemas no reconhecimento de suas impressões digitais nos terminais das seções eleitorais, no momento que antecede o voto. A reportagem do Campus Online verificou que, em algumas seções eleitorais de Taguatinga Sul, a média de falhas na captura dos dados biométricos, em média, chegou a 10%, sendo que em algumas seções quase a metade dos eleitores tiveram esse problema.
Mesmo assim, o direito ao voto está garantido. Nesses casos, a identificação do eleitor passa a ser através da assinatura do eleitor no Caderno de Votação da seção eleitoral onde está cadastrado, com a assinatura do eleitor igual ao documento de identidade apresentado aos mesários da seção de votação. Além disso, após as eleições, o cidadão deve procurar o Cartório Eleitoral para verificação dos seus dados biométricos. O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) alerta que, caso o eleitor faça a identificação no Caderno de Votação, faça a assinatura sem rasuras ou nenhum tipo de anotação adicional, sob o risco de ter o seu voto cancelado.
Mas e se o eleitor estiver com a biometria em dia e mesmo assim ocorrerem falhas na identificação? A mesária do TRE-DF Geane Nunes, que esteve orientando os eleitores nas seções eleitorais do Centro de Ensino Fundamental 15 de Taguatinga Sul neste domingo, lembra que alguns cuidados podem melhorar a captura dos dados biométricos. “A dica para o eleitor é chegar no local de votação com os dedos bem limpos e secos, pois a umidade dificulta a captura dos dados. Aqui e em outras seções eleitorais alguns mesários tem um recurso que é o ‘molha dedo’, uma pastinha à base de glicerina que é a mesma usada em escritórios para o manuseio de papéis e de papel moeda, e que melhora a leitura dos dados do terminal do mesário responsável em habilitar o eleitor para votar na urna eletrônica”, esclarece ela.
Ela também lembra que, de um modo geral, pessoas idosas ou quem usa frequentemente produtos químicos que alteram a textura da pele dos dedos e das mãos, como produtos de limpeza por exemplo, tem alguma dificuldade no reconhecimento dos dados biométricos, mas que isso não impede o eleitor de votar, desde que esteja cadastrado e que seu nome conste no Caderno de Votação da seção eleitoral onde está registrado.