Cidade
Estudantes experimentam novos meios de se locomover até a Universidade
Empresas do setor e o governo do DF têm investido no segmento de bicicletas

O dia a dia do universitário é regrado por inúmeras tarefas na universidade. O ir e vir de cada estudante mostra que esse trajeto pode ser realizado de forma diferente. A utilização dos patinetes compartilhados já chegou na cidade, mas a novidade ainda não se espalhou na Universidade de Brasília.

A Yellow, empresa de uso e compartilhamento de bicicletas e patinetes, trabalha com o conceito de áreas de atuação. As bicicletas e os patinetes ficam concentrados na região do Plano Piloto e de Águas Claras. O funcionamento do projeto é através de aplicativo no smartphone, onde o usuário adiciona créditos para a utilização do serviço. Segundo a Yellow, a pessoa pode pedalar pela cidade por 15 minutos no preço de R$ 1,50 ou destravar um patinete por R$ 3,50 + 0,50 por minuto utilizado.

Mapa da área de atuação da Yellow em Brasília. (Fonte: Yellow Bike)

Outro projeto de compartilhamento é o +Bike, do Governo do Distrito Federal e operado por empresa privada. O sistema é constituído por estações em que as bicicletas podem ser retiradas. A pessoa baixa o aplicativo em seu smartphone e a partir daí todas as informações sobre onde encontrar as estações, bem como se há vagas disponíveis, pagamentos, são encontradas.

Júlia Eduarda, 18 anos, caloura de Enfermagem, relata a facilidade de se locomover com a bicicleta, mas critica a quantidade de estações na UnB. “Além de ser mais saudável, é prático, facilita o acesso a determinados lugares, já que tenho aula no IB, por exemplo (…) O único problema é que têm poucos bicicletários espalhados por aqui”, contou ao Campus.

Júlia retirando a bicicleta da estação para se locomover à Faculdade de Saúde (FS). (Foto: Ygor Wolf/Campus Online)

O serviço é pago. Para ter acesso às bicicletas, o usuário deve pagar por passes ou credenciamento. Os passe pode ser: diário (R$ 3 reais - válido por 24 horas) ou mensal (6,00 - válido por 1 mês). Já no credenciamento anual é cobrado uma taxa de R$ 10 reais.

Para Rodrigo Calazans, 29 anos, mestrando na área da Ciência da Informação, a vantagem está na economia de gastos no transporte público, bem como o preço acessível. “Eu utilizo para me deslocar pelo Plano e como forma de lazer aos finais de semana”, relata.

Abaixo, o mapa das cinco estações de bicicletas do projeto na UnB:

As cinco estações do projeto +Bike na Universidade de Brasília. (Fonte: +Bike/Campus Online)

O perfil do ciclista

Segundo a Pesquisa Nacional sobre o Perfil do Ciclista Brasileiro de 2018, os brasilienses condutores de bikes costumam utilizá-las todos os dias (33,5% dos entrevistados). Além disso, a faixa etária das pessoas que mais utilizam a bicicleta como meio de transporte é de 15 a 24 anos (27,6%). Os dados foram levantados pela Organização da Sociedade Civil Transporte Ativo e pelo laboratório de Mobilidade Sustentável da Universidade Federal do Rio de Janeiro - LABMOB - UFRJ.

Para ter acesso ao relatório da pesquisa acesse: http://ta.org.br/perfil/ciclista18.pdf

A Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal informou que Brasília conta com 420 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. No projeto +Bike, foram realizadas cerca de 1 milhão de viagens entre 2014 e 2019.