Política
Estudantes, professores e membros da sociedade civil se manifestam no segundo ato pela Educação neste 30 de maio
Em sequência ao ato do dia 15 de maio, alunos, professores, políticos e membros da sociedade civil vão às ruas em defesa da educação

30 de abril: o Ministro da Educação, Abraham Weintraub anuncia bloqueio nas verbas previamente aprovadas para três universidades federais que ele considerava não terem desempenho acadêmico satisfatório e promoverem balbúrdia. As declarações geram polêmica e, nos dias seguintes, Weintraub anuncia bloqueio nos orçamentos de 63 Universidades e 38 Institutos Federais. As medidas foram tomadas por conta da necessidade de contingenciar as verbas do Ministério da Educação. O histórico do caso pode ser encontrado aqui.

No dia 15 de maio, manifestantes saíram às ruas em defesa da educação, contra o contingenciamento. E no dia 22 do mesmo mês, o portal oficial do Ministério da Educação, anunciou que o último corte anunciado (de R$ 1,6 bilhão, no dia 2 de maio) não precisaria mais ser efetuado.

Hoje, 30 de maio, os manifestantes saem novamente às ruas em defesa da educação e contra o contingenciamento. Por volta das 10h, as pessoas começaram a se reunir na Biblioteca Nacional.

“Precisamos de investimento e não de corte. Eu faço engenharia florestal e tem professor tendo que comprar batata pra gente fazer nossos experimentos, não tem reagente pros experimentos, não tem bolsa pra pesquisa, o que tem sem os cortes já está pouco imagina com os cortes”, afirma Nathaly Tacki, estudante de Engenharia Florestal na UnB.

“Eu faço PIBIC e provavelmente é a última remessa pra minha pesquisa. Eu luto pra continuar pesquisando” Kati Souto, Letras

Kati de boné baixo e a Nathaly de chapéu vermelho. (Foto: Louani Badu/Campus Online)

Manifestantes exibem seus cartazes sobre a importância da educação. (Foto: Louani Badu/Campus Online)

Os cartazes carregam frases inteligentes e com referências ao meio acadêmico e educacional. (Foto: Louani Badu/Campus Online)

E como a educação anda de mãos dadas com a cultura, vale todo tipo de manifestação.

Alguns dos presentes levaram elementos circenses para o protesto. (Foto: Louani Badu/Campus Online)

Caio Araújo Mendes, de 24 anos, formado em Relações Internacionais, fala sobre a importância de estar na manifestação hoje.

Fátima Guimarães, 56, Bruna Guimarães, 32, e Cecília Guimarães, 7. As três gerações vieram ao protesto na intenção de "lutar pelo futuro", afirmam. (Foto: Daumildo Júnior/Campus Online)

[Atualizado, 11h48] Algumas pessoas aproveitam a manifestação em defesa da educação para protestar contra outros assuntos, como a corrupção e a reforma da Previdência.

Banner contra a corrupção exibido no ato hoje, 30/05. (Foto: Louani Badu/Campus Online)

Manifestantes carregam um banner que defende o serviço público, a democracia e a Previdência. (Foto: Louani Badu/Campus Online)

[Atualizado, 11h58] A estimativa de presentes na manifestação é de 5.000 pessoas, de acordo com a PMDF, e, até agora, estimam que estejam reunidas cerca de 800 pessoas. O Major Márcio Rogério, da PMDF e subcomandante da operação, afirma que "o principal das manifestações é manter o estado democrático. Manifestação tirando direito de ir e vir, agredir ou depredar não são boas, o cunho principal é o respeito".

Aproximadamente 800 policiais militares estão envolvidos na segurança do ato. Estão presentes desde 6h e ficarão até o fim da manifestação.

[Atualizado, 12h01] No mesmo dia do segundo ato em defesa da Educação, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos publica, no Diário Oficial da União (DOU), recomendação que aconselha o Presidente Jair Bolsonaro a não privar os ativos da educação.

O Conselho é ligado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, da ministra Damares Alves. Ele utiliza a Constituição Federal para a defesa e afirma que os cortes prejudicam todas as etapas da educação: das creches às universidades.

Print de tela da publicação no DOU.

[Atualizado, 12h17] A repórter do Campus, Louani Badu, conta como está a situação da manifestação.

[Atualizado, 12h21] Por volta de 12h15, os manifestantes começaram a caminhar em direção à Avenida das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional. O trio que os acompanhava com o som foi impedido pela polícia de seguir com eles.

[Atualizado 12h35] Alunos de universidades particulares também estão presentes no Ato.

Mateus Oliveira, estudante de Direito da Universidade Católica de Brasília pelo FIES, 18 anos. (Foto: Fernanda Vieira/Campus Online)

[Atualizado, 13h] Até 12h, a estimativa da organização era de que houvessem 10.000 pessoas presentes no ato. Por volta das 13h, os manifestantes começaram a se dispersar.

(Foto: Fernanda Vieira/Campus Online)

[Atualização, 31/05/2019, 10h37] Após o fim da manifestação de ontem, o MEC publicou, em seu portal oficial, uma nota proibindo todas as instituições de ensino público de divulgarem e promoverem manifestações político-partidários durante o horário escolar. Na nota, o MEC incentiva a denúncia de tais movimentos pela ouvidoria.

Confira a nota na íntegra: http://portal.mec.gov.br/

Print de tela da publicação do MEC.