Na manhã da última terça-feira (24), a palestra "Inteligência Artificial – Conceitos, Metodologias e Aplicações" foi ministrada pelo professor Li Weigang, que trabalha com turmas de graduação e pós-graduação na Faculdade de Ciência da Informação (FCI), na Universidade de Brasília (UnB). No decorrer da palestra, realizada no Prédio de Ciência da Computação e Estatística - CIC/EST, o doutor em Inteligência Artificial expôs alguns conceitos básicos, metodologias utilizadas na área, aplicações dessa tecnologia em nossa realidade e, por fim, apresentou projeções futuras do desenvolvimento desse tipo de inteligência.
Weigang ressaltou durante toda palestra o período em que vivemos: “Estamos vivendo na era da Inteligência Artificial”. Para ilustrar esse fato, ele apresentou o pioneirismo chinês na área e algumas aplicações reais já utilizadas no país. Uma delas foi o sistema de monitoramento em casas onde idosos vivem sozinhos Essa tecnologia permite que acidentes provocados pelo vazamento de gás de cozinha sejam evitados, por exemplo.
O palestrante explicou aos alunos presentes os conceitos de Inteligência Artificial fraca e forte. A primeira refere-se aos computadores que operam sem raciocínio próprio. Para exemplificar essa função, Weigang citou a robô Sophia, a primeira da história a ser reconhecida como cidadã, em 2017, na Arábia Saudita. Já a Inteligência Artificial forte está supostamente presente em máquinas que são capazes de raciocinar por si só, porém essa tecnologia ainda não é uma realidade concreta. “Quem sabe daqui a 20 anos?”, brincou o professor.
As metodologias de aprendizagem das máquinas também foram abordadas por Weigang, sendo elas o aprendizado supervisionado, o aprendizado não supervisionado e o aprendizado por esforço. Basicamente a primeira metodologia citada correlaciona variáveis independentes a variáveis dependentes, a fim de prever fenômenos periódicos. O aprendizado não supervisionado busca representar de forma mais concreta diversos dados ligados a uma mesma variável. No o aprendizado por esforço, os computadores assimilam situações e circunstâncias, e assim, é possível que eles tomem a melhor decisão disponível. De acordo com Weigang, o aprendizado por esforço foi “um grande avanço nos últimos anos”.
Por fim, o professor exibiu algumas aplicações brasileiras da Inteligência Artificial. De acordo com ele, “o Brasil está devagarzinho, mas está fazendo as coisas”. E, também, expôs suas projeções para o futuro. Ele acredita que os carros autônomos farão parte do nosso cotidiano em cerca de 20 anos. Weigang comentou sobre o mercado de trabalho e os possíveis desafios que enfrentará com o avanço da Inteligência Artificial, além de apresentar dados estatísticos sobre profissões ameaçadas por esse desenvolvimento.
Texto e imagem por Pedro Cardoso, aluno da disciplina Apuração e Texto Jornalístico 1, sob supervisão e revisão do professor Solano Nascimento.