As propostas dos presidenciáveis para educação são mais direcionadas ao ensino básico, sobretudo com propostas que visam o aumento no número de creches, a ampliação no número de escolas com ensino integral, o desenvolvimento do cidadão desde a infância e a discussão sobre a melhor maneira de ensiná-los. Além disso, alguns dos candidatos divergem em relação à forma ideal de administração do ensino no país, se estatal ou privado.
O ensino superior e o tratamento dos candidatos com as universidades públicas são pautas de interesse de todos os estudantes. Estar atento ao que cada um diz é tarefa fundamental no momento de escolha do voto e a consequente definição da administração do país.
Pensando nisso, a equipe do Campus Online disponibiliza o que cada candidato fala sobre o tema. A disposição dos presidenciáveis foi feita em ordem alfabética:
Álvaro Dias (Pode)
- Parceria com o setor privado;
- Projeto 200 gênios para Universidades.
Cabo Daciolo (Patriota)
- Investimento nas universidades federais;
- Novas universidades federais e novos campi.
Ciro Gomes (PDT)
- As universidades públicas deverão, além de ampliar a oferta de vagas e prosseguir com as políticas de cotas, estreitar seus laços com as políticas e ações no campo da educação básica e ciência, tecnologia e inovação;
- Manutenção da gratuidade nas universidades e institutos de ensino federais;
- Manutenção das atuais políticas de cotas e do acesso via ENEM e SISU;
- Aprimoramento do ProUni e FIES;
- Facilitação dos mecanismos para estabelecimento de convênios entre universidades, institutos de pesquisa e empresas públicas e privadas;
- Estímulo à associação entre universidades, institutos de pesquisa e empresas públicas e privadas para projetos de desenvolvimento e aplicação de tecnologias;
- Recuperação da política de bolsas de estudo para a graduação e pós-graduação;
- Fortalecimento de programas que combatam as desigualdades de raça/etnia, principalmente no acesso às universidades;
- Manutenção do ingresso da juventude negra em todas as universidades públicas através do sistema de cotas, assegurando via ações afirmativas a sua permanência nas instituições de ensino;
- Realização de investimentos nas Universidades Públicas Federais para ampliação de programas de ações afirmativas, assistência estudantil e permanência.
Eymael (DC)
- Ampliação de vagas nos cursos superiores nas Universidades Federais, sobretudo em período noturno.
Fernando Haddad (PT)
- Expandir matrículas no Ensino Superior, técnico e profissional;
- Investimento em ciência, tecnologia e informação nas universidades, institutos e centros de pesquisa;
- Ampliar a participação das universidades, por meio de concessões, nas outorgas para o sistema público e privado de televisão e rádio;
- Reforçar e renovar a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e retomar o projeto Universidade em Rede dos Professores, assegurando o acesso direto dos professores e professoras concursados nas vagas disponíveis e ociosas na rede de Universidades e Institutos Federais de Educação Superior;
- Implementação da Universidade do Esporte, articulando ensino, pesquisa e extensão, visando a formação de profissionais de nível internacional voltados para toda a cadeia produtiva do esporte;
- Interiorização das Universidades;
- Cultura empreendedora.
Geraldo Alckmin (PSDB)
- Estimular parcerias entre universidades e empresas.
Guilherme Boulos (PSOL)
- Convocar um plebiscito para rever a emenda do teto de gastos;
- Retomar o crescimento do Ensino Superior, valorizando escolas públicas e Institutos Profissionais;
- Novos campi nas Universidades Federais no interior do país;
- Com dinheiro arrecadado pelo imposto sobre lucros e dividendos, pretende criar um milhão de vagas nas universidades públicas;
- Afirmação das cotas;
- LGBTI: ações afirmativas para acesso e permanência nas universidades;
- Valorização da universidade como espaço de construção do conhecimento;
- Apoiar, valorizar e viabilizar espaços de aprendizagem dos povos indígenas, quilombolas, camponeses, por meio de universidades populares e interculturais;
- Construção da primeira universidade indígena no Brasil.
Henrique Meirelles (MDB)
- Auxílio das universidades para identificação de prioridades nas obras com maior potencial de atraírem recursos privados.
Jair Bolsonaro (PSL)
- Universidade como geradora de avanços técnicos, buscando formas de elevar a produtividade, a riqueza e o bem-estar da população;
- Universidades como estimuladoras do empreendedorismo;
- Parceria entre universitários e empresas privadas a fim de transformarem ideias em produtos.
João Amoêdo (Novo)
- Instituir mensalidades em universidades públicas;
- Melhorar gestão, reduzir a burocracia, introduzir novas fontes de recursos não-estatais e parceria com o setor privado voltado à pesquisa.
João Goulart Filho (PPL)
- Revogar a emenda do teto de gastos;
- Promover o desenvolvimento das tecnologias nucleares e correlatas, estabelecendo cooperação entre empresas, institutos de pesquisa e universidades brasileiras;
- Ensino superior prioritariamente público;
- Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior em 50% até 2022.
Marina Silva (Rede)
- Ampliação do acesso ao ensino superior, mantendo a política de cotas;
- Ciência, tecnologia e inovação: universidades devem ser desafiadas a realizar; pesquisas que contribuam para a superação dos problemas sociais, ambientais e econômicos;
- Auxílio das universidades no desenvolvimento do Plano Nacional de Segurança;
- Colaboração universidade-empresa;
- Auxílio das universidades em projetos de assentamento rural.
Vera Lucia (PSTU)
- Estatização de universidades privadas.
Todos os candidatos pautaram a educação em seus planos de governo. Para ter acesso aos documentos na íntegra, basta acessar a plataforma DivulgaCandContas, disponibilizada pela Justiça Eleitoral.
O primeiro turno das eleições gerais de 2018 acontece no próximo domingo (7), das 8h às 17h (horário local de cada estado). Para votar, é necessário levar o título de eleitor acompanhado de um documento oficial com foto, ou baixar, no Google Play ou App Store, o aplicativo e-Título, que substitui esses documentos.
Por Gabriel Escobar e Jamile Vasconcelos