A premiação dos curtas que participaram da 24ª edição do Festival de Curtas dos Calouros, o Fecuca, aconteceu ontem, dia 22, no anfiteatro 9, no ICC Sul. O evento é realizado semestralmente pela empresa júnior de audiovisual da Universidade de Brasília, Pupila Audiovisual.
O Festival começou no dia 20 com a mostra dos filmes selecionados no auditório da Faculdade de Comunicação (Fac). No dia 21, a mostra foi realizada pela manhã no IESB Norte. À tarde, uma roda de conversa sobre o evento, as temáticas dos curtas e a empresa júnior foi realizada em frente a Pupila, na UnB. Ontem, dia 22, às 17h, aconteceu a última exibição dos curtas concorrentes e logo depois, às 19h, a premiação.
Ao todo, foram 12 premiações entre as categorias de melhor direção, roteiro, produção, edição, fotografia, direção de arte, som, atuação e melhor filme, os prêmios jaca e malhação para o filme e atuação mais engraçada respectivamente, e escolha do público.
O tema central do Festival esse semestre é o Cyberpunk. Segundo Daniel Edgard, membro da área de som e fotografia da Pupila, a equipe acredita ser um tema bom para inovar e levar algo novo para o público: “A idealização do tema começou ao final do semestre passado, durante o processo, cada área da Pupila se reuniu para ver como poderíamos realizar e apresentar o tema, o que não foi fácil, mas que deu resultado e estamos felizes com ele”.
Cyberpunk é uma referência a um gênero de ficção científica que relaciona tecnologia e qualidade de vida. (Ilustração: Pupila Audiovisual)
O prêmio de melhor filme ficou com o curta “Permaneço”, de alunos da Faculdade de Comunicação. O mini documentário é um compilado de narrativas que envolve a universidade e demonstra diferentes perspectivas de vínculo sobre o mesmo espaço.
Thaiza Barros, membro da equipe de produção do curta, agradeceu o prêmio explicando a essência do filme: “(...) A intenção do filme realmente foi mostrar essa relação que temos com a universidade. Espero que esse doc. (documentário) inspire vocês a pensarem nos cantinhos que gostam na UnB”, disse ao público.
Equipe representante do curta “Permaneço”. Da esquerda para direita, João Lopes, Guilherme Tavares, Thaíza Barros e Fernanda Meireles. (Foto: Ygor Wolf/Campus Online)
O curta “Cagando e Andando” foi o recordista da noite levando para casa cinco prêmios: escolha do público, prêmio jaca (considerado o mais engraçado), melhor direção, melhor edição de som e melhor atuação. A história se passa em um banheiro de universidade onde um zelador, responsável pela limpeza daquele banheiro, investiga a vida das pessoas que por ali passam e deixam sua marca na porta do box.
“É uma validação que a gente (…) muitas vezes não deveria procurar no ensino superior, mas acaba procurando, né, pra reforçar o nosso trabalho e ver que a gente realmente está no caminho certo. (...) As coisas que a gente ‘tá’ botando empenho e dedicação aqui dentro ‘tá’ dando resultado, então é uma coisa gratificante”, relatou Matheus Vieira, 24 anos, aluno de Engenharia da Computação e um dos produtores do filme.
Matheus Vieira segura os cinco prêmios conquistados na noite. (Foto: Ygor Wolf/Campus Online)
O evento contou com o apoio da Animatic - Escola de Animação e Arte, da Faculdade de Comunicação (FAC), do Núcleo Técnico de Audiovisual da Fac, da Diretoria de Organizações Comunitárias, Cultura e Arte, Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), e das escolas Studio Online e 70 mm.
Categorias
Melhor direção: Cagando e Andando
Melhor roteiro: Like
Melhor produção: Corpo em Aberto
Melhor edição: Vazio Artístico
Melhor fotografia: Permaneço
Melhor direção de arte: Corpo em Aberto
Melhor edição de som: Cagando e Andando
Melhor atuação: Robson Dantas (Cagando e Andando)
Melhor filme: Permaneço
Prêmio JACA: Cagando e Andando
Prêmio Malhação: Victor Albali (Like)
Escolha do Público: Cagando e Andando
Qual o teu?
Um curta envolvendo situações corriqueiras que necessita da surpresa do público para fazer sentido. Basicamente uma visão sobre camadas que giram em torno de diversos preconceitos.
Like
Pedro (Victor Albali) e Flávio (Edgar Braz) são um simples casal contemporâneo brasiliense que vive os pequenos e detalhados momentos de uma paixão; porém, a forte atração de um dos lados do casal pelo celular pode mudar as coisas.
Permaneço
Compilado de narrativas que envolvem a universidade e demonstram diferentes perspectivas de vínculo sobre o mesmo espaço.
R.E.M.
Patrícia é uma jovem de 19 anos que se encontra presa num mundo de sonhos perdida entre o imaginário e o real.
Corpo em Aberto
Em uma rotina que é sempre a mesma uma pessoa se olha no espelho e não se reconhece. E se o que se vê não é o que se queria enxergar? Fugindo da dualidade do mundo lá fora dentro de sua casa, essa pessoa acaba descobrindo o que realmente é.
Cagando e Andando
A história se passa em um banheiro de universidade onde um zelador, responsável pela limpeza daquele banheiro, investiga a vida das pessoas que por ali passam e deixam sua marca na porta do box.
Colateral
Em busca de um melhor rendimento, uma estudante não imaginava os efeitos colaterais que sofreria com essa procura.
Vazio Artístico
Um curta experimental sobre como a arte pode mudar a vida de um ser humano.
Foto
Desejos, anseios, insegurança e silêncio. O que cabe nessa foto? Uma representação visual da música "Não Recomendado" de Caio Prado.