Universidade
Alunos participam de workshop sobre Acroyoga
O workshop ocorreu na área externa da Faculdade de Medicina e fez parte do segundo dia da Semana Universitária.

Força, concentração, confiança: esses, entre outros, são pontos fundamentais na Acroyoga, prática influenciada pelas práticas em dupla na yoga e nas acrobacias feitas no circo e na ginástica acrobática. A atividade foi ministrada no segundo dia da Semana Universitária da UnB na área externa da Faculdade de Medicina.

Para os professores, Raquel Furquim, 36, e César Galvão, 30, a acroyoga é mais do que uma atividade física, é também terapêutica. Segundo a empresária, alguns alunos chegam esperando diversão, coisas novas, outros vêm até com medo, mas no final do curso acabam se surpreendendo com a superação e confiança ao longo das aulas. “A pessoa sai com um sorriso enorme no rosto”, relata o psicólogo e servidor público.

Antes da oficina, havia uma grande expectativa sobre como seria a aula. A estudante de Pedagogia Nara Novaes, 19, a única que já havia praticado a atividade, diz que considera a acroyoga relaxante. “Se você tiver algum problema, você meio que esvazia”, conta.

No primeiro momento, diálogo. Os participantes contaram um pouco sobre o que esperavam da aula, se conheceram e conversaram de forma descontraída. Segundo Fabíola Zucchi, 44, professora da Faculdade Medicina e organizadora da oficina, o objetivo era “trazer uma brincadeira, uma coisa mais relaxante na Semana Universitária”.

Alunos e professores no gramado em frente à Faculdade de Medicina após o workshop.

E então, a prática. Os alunos foram ensinados de maneira lúdica a controlarem melhor seu próprio corpo e aprenderam algumas posições de acroyoga para além da técnica: na confiança e colaboração de seus parceiros. “O acroyoga só existe se tiver duas ou mais pessoas”, explica Raquel. Essas pessoas são chamadas de Base, quem fica no chão erguendo a outra, Voador, quem é erguido, e Cuidador, peça fundamental para prezar pela segurança dos outros membros.

César e Raquel são formados pela AcroRevolution, nos Estados Unidos. Ela, que trabalha há 20 anos com massagem, conta que conheceu a atividade através de uma amiga. Já César, que atua no serviço público, lembra que estava procurando coisas novas para fazer e descobriu a Acroyoga através de um vídeo no Facebook. “Comecei com uma ideia muito de liberdade pessoal”, diz ele. “Sem pretensão nenhuma. Não sabia que eu ia virar professor”.

Após a aula prática, houve um momento para os participantes relaxarem e contarem como se sentiram. Com todos sentados em círculo, a conversa girou em torno de fatores como empatia, cuidado com o outro, comunicação e conhecimento e superação dos limites. “Dá uma sensação de poder. De que você tem um corpo e pode fazer o que quiser com ele”, diz Fabíola. A acroyoga, segundo César, “tem uma parte muito terapêutica social por trás”. Os professores lembram de casos de como alguns alunos progrediram durante as aulas, com melhoras na socialização e no bem-estar.

Texto e imagem por Gabriella Castro, aluna da disciplina Apuração e Texto Jornalístico 1, sob supervisão e revisão do professor Solano Nascimento.