O termo ombudsman tem origem sueca e significa "aquele que representa o cidadão". Na imprensa, a palavra é aplicada ao profissional cuja função é representar os eleitores de um jornal e fazer críticas à produção jornalística.
O ombudsman do Campus Online deste semestre é Victor Farias, que passou pelo jornal laboratório no 1º semestre de 2018. Leia abaixo sua terceira e última coluna:
O sentimento de fim de semestre no Campus é semelhante a um último capítulo de novela. O bem parece que venceu o mau, os problemas somem e tudo dá certo. Só faltam os casamentos.
Nas novelas, o final cheio de cores e risos é uma saída fácil para os autores e alegra a maior parte do público. Os mocinhos lutaram contra os vilões a trama toda e merecem ser felizes. Ninguém discorda.
Nesta edição do Campus a sensação não foi diferente. As Carminhas, Floras e Nazarés foram muitas – dentro e fora do jornal. A maior parte delas derrubadas no decorrer da estória. No capítulo final, comemoração pelo resultado. Justo.
Mas não são só as personagens que saem da novela felizes, o telespectador – ou internauta – também ficou satisfeito com o resultado.
No enredo deste Campus, destaca-se principalmente a inovação e as boas histórias contadas. Pautas pertinentes, bom uso das ferramentas e inteligência jornalística.
O problema do final de novela idílico é que ele não é real e esconde falhas. No Campus, mesmo com a comemoração, é importante lembrar que faltou zelo em alguns momentos.
Nas últimas matérias do site, por exemplo, uma fotorreportagem sobre a UnB somente no ICC, uma entrevista sem padrão na diagramação e uma matéria sobre intercâmbio com uma arte esquisita e um texto confuso – são três os métodos de intercâmbio, mas não explica direito quais.
Além disso, abandonou-se quase que completamente a busca por acessibilidade. Um grande erro que tirou o brilho – e a audiência – desse final.