Universidade
Professora de Psicologia dá oficina sobre controle emocional

Na tarde desta terça-feira (24), a professora do Instituto de Psicologia Bianca Cristine Gomide Costa guiou um minicurso com o tema: "Como lidar com as emoções?". A oficina foi realizada no campus Darcy Ribeiro e é parte da programação da Semana Universitária, que ocorre até o final desta semana.

A iniciativa é fruto de uma cooperação da professora com o projeto de extensão PET Psicologia e contou com o apoio da professora Rachel Nunes e dos extensionistas Amanda Oliveira e Sidney Rodrigues.

Com a pergunta inusitada “quem já ficou triste?”, deu-se início à discussão sobre a função das emoções. “As emoções não existem à toa, só para deixar a gente na bad”, disse Bianca ao lembrar dos importantes papéis biológicos e evolutivos desempenhados pelas emoções. Ressaltou que mesmo as emoções negativas, como raiva e medo, desempenharam papel importante na sobrevivência humana.

O minicurso foi dividido em três blocos: o primeiro foi sobre como lidar com as nossas emoções; o segundo, como lidar com as emoções dos outros e o último, uma dinâmica de empatia com a leitura de questões escritas pelos participantes anonimamente. Na explanação ganhou foco principalmente o ensino de técnicas e estratégias de como lidar com as emoções. "A ideia não é ser uma oficina teórica, mas bem prática", disse Gomide.

Os participantes foram convidados a participar de uma espécie de “adedonha das emoções”. Ao estilo clássico do jogo, temas como antipatia, ira, humilhação, vulnerabilidade e ansiedade receberam atenção. A diferença das respostas expôs um ponto crucial da oficina: as pessoas são diferentes e singulares até na forma de lidar com as emoções. “Nada desta história de tratar os outros da maneira como você gostaria de ser tratado. Trate o outro como ele gostaria de ser tratado”, pontuou Gomide. “As pessoas sentem e lidam com as emoções de maneiras diferentes.”

Um tema de grande presença na discussão foi a ansiedade. A professora afirmou que a ansiedade não é de toda ruim, em níveis de normalidade pode ajudar no foco: “Não tentem não a sentir, está tudo bem estar ansioso”. Da mesma forma considera o contraponto, a procrastinação, importante e positiva. “Esses momentos de procrastinação nos ajudam a lidar com os momentos de tensão”, considera. “Pequenos momentos de bem-estar fazem a diferença”.

“A gente não controla o que a gente sente, a gente controla o que a gente faz diante do que a gente sente”, afirmou Bianca. Uma importante atitude que poderia ajudar a lidar com as próprias emoções, segundo ela, é aceitá-las e criar estratégias para lidar com elas da melhor forma, como verbalizá-las. Quanto a lidar com emoções alheias, considera que a melhor atitude é a de ouvinte: “Só de você ouvir e a pessoa se sentir acolhida já é um alívio para ela”.

Texto e imagem por Mateus Salomão, aluno da disciplina Apuração e Texto Jornalístico 1, sob supervisão e revisão do professor Solano Nascimento.