Universidade
Grupo Rexistir reuniu instituições relacionadas à população LGBT para conversa
O evento teve como objetivo explicar o projeto e divulgar o trabalho de instituições que têm o intuito de dar suporte à população LGBT+.

Na última segunda-feira (23) pela manhã, aconteceu o evento “Diálogos com a rede de defesa dos direitos da população LGBT+ do Distrito Federal” na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB). Esse diálogo foi promovido pelo grupo Rexistir, projeto de extensão da UnB criado por estudantes de Direito LGBTs em 2016, e contou com a participação de Danielle Sanchez, assistente social e assessora parlamentar do deputado Fábio Felix; Jéssica Alves, advogada membro da Comissão de Diversidade Sexual da OAB/DF, e Mirella Martins - assistente social do CREAS Diversidade.

Erick Maués, representante do Rexistir, abriu o evento ao explicar o objetivo deste projeto de extensão. De acordo com ele, é “um espaço de acolhimento para essa população dentro e fora da universidade”. Além disso, explicou que visavam com o evento, divulgar o trabalho de instituições que têm o intuito de dar suporte à população LGBT.

Em seguida, Danielle Sanchez falou sobre os primeiros nove meses de mandato. “A nossa ideia é sempre construir de forma coletiva.” A assessora parlamentar relembrou o episódio em que Fábio Félix, primeiro deputado distrital assumidamente homossexual, após comentários homofóbicos sobre o gabinete de número 24, insistiu em ficar com o espaço. Sanchez também citou a sanção da Lei n° 6.356/2019, iniciativa do Gabinete 24 que institui, no Distrito Federal, campanha de prevenção ao suicídio LGBTI. De acordo com ela, essa parcela da população tem quase duas vezes mais chances de cometer suicídio e, por isso, é dever do governo garantir essa discussão.

Jéssica Alves explicou sobre o funcionamento da Comissão de Diversidade Sexual da OAB/DF que, este ano, passou por uma nova estruturação. A advogada disse que a comissão surgiu por causa de uma necessidade: “Precisamos de LGBTs para falar de LGBTs”. Segundo ela, o enfoque deste mandato é dar espaço para essa minoria dentro da OAB. “Não só [é preciso] proteger, mas responsabilizar o advogado que pratica LGBTfobia.”

A palestra foi finalizada por Mirella Martins. A assistente social explicou sobre o CREAS Diversidade, uma unidade da política de Assistência Social criada em 2009. Ela contou que o objetivo dessa unidade é garantir que as minorias possam ter voz em relação ao preconceito sofrido. E acrescentou: “A gente procura empoderar essas pessoas para que elas consigam desenvolver uma postura crítica”.

Texto e imagem por Amanda Meneses, aluna da disciplina Apuração e Texto Jornalístico 1, sob supervisão e revisão do professor Solano Nascimento.