Universidade
Oficina de aromaterapia explica possíveis benefícios de óleos para a saúde

O evento "Palestra e Oficina de Aromaterapia" ocorreu na quinta-feira (25) entre a reitoria e o Instituto de Ciências da Universidade de Brasília (UnB) durante a Semana Universitária. A discussão foi uma explicação da aromaterapia e a síntese dos efeitos que alguns óleos específicos poderiam ter em cada organismo. Os óleos essenciais são extraídos de plantas para fins terapêuticos e o objetivo é bem claro: promover a saúde e a qualidade de vida. Para a aromaterapeuta, fitoterapeuta e empresária Lindi Quirant, 42 anos, trata-se de ciência, não de balela.

Na ocasião havia quatro óleos disponíveis para explicações. O óleo de laranja doce (Citrus X sinensis) e o óleo de lavanda francesa (Lavandula dentata) são calmantes voltados para o tratamento de ansiedade, agitação, depressão, insônia e estresse. Segundo Quirant, “a lavanda é conhecida como o S.O.S. da aromaterapia”, pois tem o poder de acalmar o sistema nervoso central. Já os óleos de alecrim (Rosmarinus officinalis) e erva cidreira (Melissa officinalis) são voltados para efeitos de concentração, memória, ânimo e ativação mental e corporal.

Durante a palestra, também foram distribuídos perfumes oleosos pela aromaterapeuta para os 13 ouvintes presentes de acordo com a necessidade de cada um: calma ou ativação. Segundo a empresária, os perfumes têm efeitos parecidos com os dos óleos essenciais, que servem para curas tanto de ordem psicológica quanto física. A estudante de Comunicação Organizacional Isabella Lucena, 19 anos, quando inalou uma amostra de óleo essencial Alecrim, se surpreendeu: “Me deu uma sensação de foco, energia e vitalidade imediatos”.

Apesar dos múltiplos efeitos positivos dos diferentes óleos, a palestrante alertou que eles deveriam ser escolhidos e utilizados com cuidado. Doses altas não são recomendadas, pois a concentração dos óleos é elevada – na maioria das espécies, são necessários mais de 300 kg para produzir apenas um litro de óleo. A recomendação é de duas a três gotas em momentos de necessidade ou a simples inalação. Além disso, a escolha deve ser feita de acordo com a necessidade real do paciente, sem misturar óleos com efeitos opostos. Ou seja, para alguém que possui insônia e agitação constante, não é o caso de oferecer um óleo ativador, mas sim um calmante.

Um dos ouvintes acabou obtendo espaço para palestrar também. Marcos Freire, médico formado pela UnB em 1985, de 61 anos, trabalha com práticas integrativas de saúde. Durante a oficina de aromaterapia fez uma breve atividade prática da automassagem. Sobre a semana de projetos de extenção da UnB, disse: “Eu acho esse movimento da Semana Universitária muito interessante, muito apropriado para esse tema de saúde mental e bem estar”. Os quatro frascos analisados na palestra estavam todos disponíveis para venda. Marcos fez uma encomenda para o filho.

Texto e imagem por Iogo Chirola, aluno da disciplina Apuração e Texto Jornalístico 1, sob supervisão e revisão do professor Solano Nascimento.